domingo, 12 de março de 2017

LOGAN É BOM MESMO, OU É MERO HYPE?


ATENÇÃO: ESSE TEXTO CONTA COM SPOILERS

Por Carlos Larios

Vamos falar de Logan? Com uma pitada de SPOILER? Portanto, se você ainda não viu, passe longe daqui.
Serei breve, prometo. O novo e derradeiro filme do Wolverine merece toda a exaltação que vem recebendo?

Bom, é difícil contra argumentar a maior parte dos elogios. Logan é muito mais que um mero filme de quadrinhos. Ele, de fato, é uma grande obra de heróis e conta com os alicerces necessários para tal feito.

1-) ação de encher os olhos; 2-) trio afiado de protagonistas; 3-) história envolvente.

Mas o filme, infelizmente, está em dois tons diferentes. Principalmente nos últimos 25 minutos de metragem, A história de esperança, muito bem realizada pelo diretor James Mangold (JOHNNY E CASH) é interrompida por um desfecho convencional, que se equipara a maioria dos filmes do gênero.
Além, claro, de ser muito óbvio, desde o início, que Logan morre no final! Não consegui me emocionar nessa parte, como muitos andam dizendo por aí. O tom de dramaticidade fica pesado. Cheio de clichês, e aquela obra sutil , que alternava o melhor da ação com sentimentalismo na medida certa se torna comum. E aquele grupo de "X-Men" mirins, parecendo estar de férias num acampamento de verão? Péssimo.

Ou seja, o filme é uma boa obra de quadrinhos, mas está longe de ser relevante para o cinema. Pode ser o melhor filme da franquia X-Men? Sem dúvida, mas convenhamos que isso não é lá grandes méritos. Ao menos é o mais carregado de carga emocional da franquia. Aí reside seu diferencial. Por isso surpreendeu muita gente. E como fator surpresa, veio a exaltação descabida.

Assim criou-se o hype. Se transformou no novo "não vi, mas gostei". Nessa expectativa, fica difícil ir "contra a maré".

Mas calma, gente. LOGAN definitivamente não é tudo isso. Podia ter sido melhor, se sustentasse o mesmo tom do filme até o final. Mas como o fenômeno é instantâneo, a tendência é que a euforia se dissipe brevemente. Até mesmo, depois de uma revisão.

Confesso que gostei. Como escapismo funciona. Mas, por favor, sem alcunhas de "obra-prima do cinema".

quinta-feira, 9 de março de 2017

LOGAN (2017)


Por Diego Salomão


Em seus dois primeiros filmes-solo e em todos os X-men, se alguém quisesse irritar Wolverine, era só compará-lo a um animal. Dentre os fãs do herói, no entanto, ele é unanimemente tido com um personagem bastante “humano”. Não para mim. Wolverine não faz jogos, não mente, não cria falsas ilusões, não puxa saco e não tem pudores em seus instintos e vontades. É uma fera livre, forte, incontrolável, e ao mesmo tempo doce e fiel. O animal que ele tanto renegou ser é na verdade sua maior fonte de virtudes e foi em seu terceiro e melhor filme que ele mostrou o que de fato é.

Num futuro obscuro para os mutantes, o lendário super-herói das garras ganha a vida como um simplório motorista de limusine, enquanto cuida de um professor Xavier velho e sofrendo com o Alzheimer. Os X-men se tornaram apenas lembranças, revividas em bonecos e HQ’s, e Logan não possui mais a força e resistência de outrora; entretanto, uma descoberta inesperada faz com que ele seja obrigado a superar seus limites para ajudar seu mestre e toda uma nova geração de mutantes!


Sensível, mas também violento Logan é um verdadeiro banho de sangue, da primeira à última cena. Sem dúvidas, o mais forte de todos os filmes dos X-men. Com um roteiro direto e sem firulas, o filme traz Hugh Jackman e Patrick Stewart em grande forma, despedindo-se brilhantemente de seus personagens. Por fim, irretocável. Depois de 17 anos e nove filmes, a fera pode finalmente descansar. Em despedida emocionada na Internet, Isaac Bardavid, dublador do Wolverine no Brasil, lamentou o provável esquecimento do personagem. Não, Bardavid. Ele nunca será esquecido!

 

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