sexta-feira, 27 de julho de 2012

Indicados do festival de Veneza 2012






A 69ª edição do Festival Veneza, que acontece entre os dias 29 de agosto e 8 de setembro, já tem seus indicados. E como foi em Cannes, a cidade italiana promete a presença de grandes astros e diretores consagrados. Entre os indicados para o Leão de Ouro estão Brian De Palma, Takeshi Kitano, Brillante Medonza, Ki-Duk Kim e Terrence Malick. 

Polêmico e sistemático, Malick finalizou "To the Wonder" antes da estréia no famoso festival italiano. Desde "Árvore da Vida", o drama vem sendo aguardado. No elenco estão Ben Affleck, Rachel Weisz, Rachel McAdams, Javier Bardem, Michael Sheen e Olga Kurylenko. Tratando-se do cineasta americano, pode se esperar qualquer coisa.
"To the Wonder"
Não menos consagrado, Brian De Palma vai voltar para Veneza com "Passion". No suspense, Noomi Rapace e Rachel McAdams (ela de novo) estrelam a trama. Segundo o próprio diretor, sua nova película promete cenas quentes envolvendo lesbianismo entre as protagonistas. 
"Passion"
Ainda dentro da principal competição, alguns diretores europeus de destaque estão concorrendo como Olivier Assayas e Marco Bellocchio. Já entre os asiáticos, o Japão com Takeshi Kitano, a Coreia do Sul com Ki-Duk Kim e as Filipinas com Brillante Mendonza.

Paralelo à seleta lista de indicados para o Leão de Ouro, cineastas consagrados vão divulgar seus novos projetos. Jonathan Demme, Michael Mann e Spike Lee vão estar Veneza para apresentar seus respectivos documentários.  Robert Redford, Amos Gitai, Kiyoshi Kurosawa, Mira Nair e Manoel de Oliveira completa a lista de convidados do Festival de Veneza.
"The Company you Keep"

Confira os indicados.
VENEZIA 69 (Competição Internacional)
"Après Mai" ("Something in the Air"), Olivier Assayas
"At Any Price," Ramin Bahrani
"Bella Addormentata," Marco Bellocchio
"La cinquième saison," Peter Brosens and Jessica Woodworth
"Lemale Et Ha’Chalal" ("Fill the Void"), Rama Burshtein
"È stato il figlio," Daniele Cipri
"Un Giorno Speciale," Francesca Comencini
"Passion," Brian De Palma
"Superstar," Xavier Giannoli
"Pieta," Ki-Duk Kim
"Outrage Beyond," Takeshi Kitano
"Spring Breakers," Harmony Korine
"To The Wonder," Terrence Malick
"Thy Womb," Brillante Mendoza
"Linhas De Wellington," Valeria Sarmiento
"Paradise: Faith," Ulrich Seidl
"Betrayal," Kirill Serebrennikov
FORA DE COMPETIÇÃO
"L’Homme Qui Rit," Jean-Pierre Ameris
"Anton’s Right Here," Lyubov Arkus
"Love Is All You Need," Susanne Bier
"Cherchez Hortense," Pascal Bonitzer
"It Was Better Tomorrow," Hinde Boujemaa
"Sur Un Fil…," Simon Brook
"Clarisse," Liliana Cavani
"Enzo Avitable Music Life," Jonathan Demme
"Tai Chi 0," Stephen Fung
"Sfiorando Il Muro," Silvia Giralucci and Luca Ricciardi
"Carmel,"Amos Gitai
"Lullaby To My Father," Amos Gitai
"El Imenetrable," Daniele Incalcaterra and Fausta Quattrini
"Penance," Kiyoshi Kurosawa
"Bad 25," Spike Lee
"Witness: Libya," Michael Mann
"Medici Con L’Africa," Carlo Mazzacurati
"The Reluctant Fundamentalist," Mira Nair
"O Gebo E A Sombra," Manoel De Oliveria
"The Company You Keep," Robert Redford
"Shark (Bait 3D)," Kimble Rendall
"Disconnect," Henry-Alex Rubin
"La Nave Dolce," Daniele Vicari
"The Iceman," Ariel Vromen
ORIZZONTI (Curtas)
"Wadjda," Haifaa Al Mansour
"Khaneh Pedari" ("The Paternal House"), Kianoosh Ayari
"Ja Tozhe Mochu" ("I Also Want It"), Alexey Balabanov
"Gli Equilibristi," Ivano De Matteo
"L'Intervallo," Leonardo Di Costanzo
"El Sheita Elli Fat" (Winter of Discontent"), Ibrahim El Batout
"Tango Libre," Frederic Fonteyne
"Menatek Ha-Maim" ("The Cutoff Man"), Idan Hubel
"Gaosu Tamen, Wo Cheng Baihe Qu Le" ("Fly With the Crane"), Ruijun Li
"Kapringen" ("A Hijacking"), Tobias Lindholm
"Leones," Jazmin Lopez
"Bellas Mariposas," Salvatore Mereu
"Low Tide," Roberto Minervini
"Boxing Day," Bernard Rose
"Yema," Djamila Sahraoui
"Araf" ("Araf, Somewhere in Between"), Yesim Ustaoglu
"Sennen No Yuraku" ("The Millennial Rapture"), Koji Makamatsu
"Zan Zi Mei" ("Three Sisters"), Bing Wang

quinta-feira, 26 de julho de 2012

ESTREIA DA SEMANA - Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge






Carlos Larios
(contato@larioscine.com)



Por sete anos, acompanhamos a saga do bilionário Bruce Wayne e de Batman, seu alter ego justiceiro. Do treinamento sob a tutela de Ra's Al Ghul até a apoteose do herói, são 456 minutos de ação, crise existencial, debates éticos, atuações impecáveis e realismo jamais empregado anteriormente em uma obra fantástica. A trilogia escrita e dirigida por Christopher Nolan, não agradou apenas aos fãs dos quadrinhos de Batman, mas também aos cinéfilos e a crítica.

Nenhum estúdio tinha dado tanta liberdade artística em um blockbuster como a Warnez fez com Nolan. De forma notável, a lendária produtora entregou um dos personagens mais famosos da cultura pop, nas mãos de um britânico quase desconhecido, que vinha apenas com três películas "embaixo do braço". A confiança rendeu bilhões de dólares para os cofres da Warner, além de prestígio do cineasta diante da crítica.

O aguardado desfecho da franquia do Homem-Morcego comprova mais uma vez que, o terceiro filme é quase sempre a produção mais fraca de uma trilogia de sucesso. Foi assim com inestimáveis obras como "O Poderoso Chefão", "Star Wars", entre uma infinidade de cine séries. E não é diferente com "Batman de Nolan".

Embate entre Bane e Batman

Motivados pela liberdade cênica que o diretor permite, seria pleonasmo destacar as boas atuações do elenco, tanto dos novatos quanto dos atores que participaram dos três filme. Portanto, não vou me estender em dissecar as conhecidas performances dos veteranos, Christian Bale (Bruce Wayne/Batman), Gary Oldman (Comissário Gordon), Michael Caine (Alfred) e Morgan Freeman (Fox) que mantêm o desempenho de seus papéis, com a mesma qualidade de outrora. Contudo, é inevitável a confrontação entre os vilões do segundo e terceiro filme.

Devido a característica mascarada do vilão Bane se diferir das facetas do excêntrico Coringa de Heath Ledger, é difícil manter comparações equivalentes. Contudo, pode-se ressaltar que ambas as atuações tomaram preparação física e psicológica, em consequência da complexidade emocional dos personagens. No caso de Tom Hardy, a musculatura precisou ser desenvolvida para imponente caracterização do vilão. Além do trabalho físico, o astro britânico precisou engrossar a voz para moldar a potencia vocal de Bane.

 Na trama, Gotham City vive dias de paz, depois de uma lei sancionada em homenagem a Harvey Dent. Bruce Wayne se encontra recluso limitando-se à mancas caminhadas pela mansão, e Batman está aposentado. Sua rotina é alterada quando a habilidosa e estonteante ladra, Selina Kyle (Anne Hathaway), invade sua propriedade e é flagrada pelo bilionário. O encontro com a criminosa desencadeia uma série de intrigas que desestabiliza a poderosa Corporação Wayne. Enquanto isso, nos esgotos da cidade, Bane e sua quadrilha, arma um plano que pode ameaçar a civilidade social e política de Gotham City, após o sequestro de um famoso físico nuclear.

Selina, vilã ou mocinha?

Com o estado de calamidade voltando a se apoderar da metrópole, Batman ressurge da reclusão de oito anos, tal como entrega o título do filme. Equipado com novos aparatos bélicos, Bruce Wayne precisa lidar com a lei, que o acusa de ser o responsável pela morte de Harvey Dent. Falido e sem ajuda de Gordon e Alfred, o herói desenvolve uma parceria com a traiçoeira Selina Kyle. 

Além dos citados antagonistas, o filme apresenta dois novos personagens importantes para o desfecho da trilogia. Miranda (Marion Cotillard), a filantropa e membro do conselho da Wayne Entreprises, que torna-se uma pessoa de confiança para o bilionário . E um jovem e integro policial chamado John Blake (Joseph Gordon Levitt), que nas horas vagas, trabalha como voluntário em um orfanato que era financiado pelas organizações da família Wayne.



Se “O Cavaleiro das Trevas” era o filme do vilão, o desfecho da franquia cria situações que enaltecem a personalidade de personagens secundários. É o caso do fiel mordomo Alfred (Michael Caine), com seus lampejos paternos e sua comovente obsessão em preservar a segurança de Bruce Wayne. E de John Blake, pelo ímpeto e caráter de um homem sofrido, buscando a própria redenção.


A personagem Selina Kyle, vulgo Mulher-Gato, interpretada pela excelente atriz Anne Hathaway, faz os fãs esquecerem da sensual vilã de roupa colante, interpretada por Michelle Pfeiffer em "Batman- O Retorno" de Tim Burton. Caracterizada pela sensualidade aliada à excelente desenvoltura contorcionista e marcial, Selina é uma agradável e carismática surpresa para o filme. O desempenho de Hathaway que, alterna o cinismo com a fragilidade em sua expressão, é louvável dentro da conjuntura narrativa da trama.

Bane lidera os criminosos de Gotham, em uma ofensiva contra os poderosos da cidade.

Em contrapartida, Nolan abusa do lado emocional de alguns personagens, entregando características que não correspondem com o andamento frenético da trama. É o caso de Miranda que, durante um importante diálogo, acomete o espectador com informações que destoam com a fluidez narrativa.

Buscando respostas para uma série de questões, “O Cavaleiro das Trevas Ressurge” amarra com coesão, algumas pontas soltas dos filmes anteriores, tal como os preceitos da Liga das Sombras abordados em “Batman Begins”, e até o retorno de antigos vilões. Contudo, clichês gritantes como, beijo na boca em momento de aflição, vilão detalhando o malévolo plano para o herói, e reviravoltas pouco surpreendentes, permeiam o desfecho de “O Cavaleiro das Trevas Ressurge”. Banalidades que Nolan evitava com precisão nos outros dois filmes da série.

O ponto alto do último capítulo apoteótico de Batman, é deflagrado pela dinâmica hiperativa no desfecho da película. A anárquica metrópole tomada pelo caos, é administrada pelos criminosos que tomaram Gotham, sob o comando de Bane. Cabe a Batman retomar a simbólica figura heroica para coibir a ação criminosa que vigora na cidade sitiada. A edição frenética instiga o espectador com ação redobrada, como jamais havia sido vista nos outros dois filmes da série. Em IMAX, as explosões configuradas durante as cenas de ação, são verdadeiros deslumbres visuais e sonoros, tornando "O Cavaleiro das Trevas Ressurge" em um superlativo acontecimento cinematográfico.

Apesar das imperfeições que o inferioriza diante de seus antecessores, o último filme da franquia coroa “Batman de Nolan” como uma inesquecível série que, dificilmente, será superada dentro das adaptações de quadrinhos para o cinema. E fica um espaço para que os fãs voltem a sonhar com um possível retorno da franquia, e de uma nova trama paralela à Gotham de Nolan.

Os novatos Joseph Gordon Levitt e Marion Cotillard
Nota: 7,5

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Trailer - "THE MASTER" de Paul Thomas Anderson

 
   "The Master", novo filme do aclamado cineasta Paul Thomas Anderson ("Sangue Negro" e "Magnólia"), ganhou um trailer definitivo que enche os olhos. O enredo conta a história de Freddie Sutton (Joaquin Phoenix), veterano de Guerra durante o começo da década de 50, quando conhece Lancaster Dodd (Philip Seymour Hoffman),um famoso intelectual conhecido como "The Master". Sutton ajuda a promover a religião que Dodd criou, e torna-se o "braço direito" do fundador do culto. 


    Confira o trailer do filme, que ainda não tem data para estreia nos cinemas americanos e brasileiros.



   O filme tem cheiro de Oscar para Joaquin Phoenix, hein? O que vocês acham?

Exposição "George Méliès - O Mágico do Cinema"

  
   O Museu de Imagem e Som de São Paulo (MIS) está com uma bela exibição sobre o cineasta francês George Méliès. Adepto do ilusionismo, o artista viu no cinematógrafo dos irmãos Lumiéres, a possibilidade de aprimorar seus truques de mágica. Foi com esse intuito que Méliès dirigiu seus primeiros projetos, levando truques impossíveis de serem executados, para frente das câmeras. Com trucagem e sobreposição, o diretor criou mais 555 curtas, entre os anos de 1896 e 1913.


   Com o estopim da Primeira-Guerra Mundial, Méliès se viu obrigado a parar com a produção dos curtas que, também, não recebia mais a demanda que tinha durante seu auge. O cineasta perdeu quase toda sua filmografia e nunca mais voltou a produzir um novo filme. Mas pouco tempo antes de seu falecimento, a Cinemateca Francesa o homenageou e conseguiu, recebendo sua consagração depois de anos no anonimato.


   Detalhes da vida e obra do cineasta pode ser vista na exposição "George Mélies - O Mágico do Cinema". Inclusive, o visitante pode participar de uma película do francês, graças a um estúdio construído especialmente para mostra. Se você estiver em São Paulo, pode visitar a exposição até o dia 16 de setembro. 



    Estive no local ao lado do jornalista (e estudante de filosofia) Fabricio Behrmann, para coletarmos imagens e fazermos um vídeo sobre o divertido passeio cultural. Espero que gostem.


segunda-feira, 23 de julho de 2012

14 pôsteres divulgados na Comic-Con 2012

 FRANKENWEENIE
 GAME OF THRONES
 GODZILLA
 ITEM 47
 MAN OF STEEL
 NOVOS LOGOS DA MARVEL
 PACIFIC RIM
 THE BOURNE LEGACY
 THE DARK KNIGHT RISES
 THE EXPENDABLES 2
 THE HOBBIT
 THE WALKING DEAD
 THE WORLD´S END
TOTAL RECALL

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Estreia da semana - VALENTE



Carlos Larios
(contato@larioscine.com)

Depois de ser superar a cada ano com obras magistrais e inesquecíveis, o famoso estúdio filiado a Disney decepcionou com "Carros 2". A crítica reprovou a continuação do divertido desenho sobre automóveis, mas em compensação arrecadou milhões de dólares ao redor do planeta. Essa queda efêmera de qualidade foi necessária para conter o entusiasmo que tanto pressionava seus talentosos animadores.


Recuperando-se do sucesso mal quisto de "Carros 2", a Pixar veio em 2012 com uma produção particular, que a princípio, não entusiasmou os fãs do estúdio. A premissa de "Valente" conta a história de Merida, uma intrépida princesa das Altas Terras Escocesas que, contra seu gosto, vira prêmio de uma competição entre três clãs. O candidato mais aguerrido e comprometido terá a mão da moça e será um dos herdeiros das terras do simpático Fergus, poderoso e robusto pai da jovem princesa prometida. 






A competição é incentivada pela disciplinadora rainha Elinor, que fomenta uma rivalidade materna com sua filha rebelde. A relação entre as duas se divide entre a cumplicidade e os frequentes embates sobre a ética de uma princesa. Para Merida, a etiqueta seguida por uma herdeira real é enfadonha, interessando-lhe somente, a aventureira vida de uma arqueira. Sua aptidão para o arco-flecha atrapalha os planos de educação que Elinor traçou para  filha. 


Contra sua vontade e, discordando de sua mãe, Merida busca a ajuda de uma poderosa bruxa. A velha lança uma maldição que transforma a orgulhosa Elinor em um imponente urso. Ressentida com a imprudente atitude que tomara, a jovem parte com sua mãe para desfazer o grande equívoco que cometera. "Valente" talvez seja o desenho mais heterogêneo da Pixar, porque mistura a costumeira sensibilidade emocional de suas animações, com o conto moralista e fantástico de princesa, popularizado pelas produções da Disney.


A diretora e roteirista Brenda Chapman , que criou o universo da corajosa Merida, baseou-se na turbulenta relação entre gerações que atinge o ápice durante os primeiros anos da puberdade. O confronto de mãe e filha é retratado sutilmente, exaltando com delicadeza, um roteiro de convicções feministas. Teoricamente a nova película do premiado estúdio de animações gráficas, relata o estado de espírito materno. No meu ponto de vista, a grande protagonista da trama é a orgulhosa rainha Elinor que, em seu perfeccionismo devotado aos filhos (principalmente à Merida), esconde imprudentemente o grande afeto que nutre pelos herdeiros.


Em sua essência "Valente" é um filme de menina para nenhum garoto botar defeito. O sentimentalismo explorado pelos diretores do filme (além de Chapman, Mark Andrews e Steve Purcell dirigiram a trama), é pontuado por bastante humor e ação. Vale ressaltar também, a riqueza e qualidade de imagem proporcionada pela tecnologia da Pixar. Um novo deslumbre visual que, reproduz com verossimilhança, as bucólicas paisagens montanhosas da Escócia.




Contudo, apesar do vigoroso roteiro, "Valente" cai em clichês que comprometem ligeiramente seu resultado, não o igualando a clássicos modernos como "Ratatouille", "Wall-E", "Up" e "Toy Story 3". Alguns datados (e gratuitos) maneirismos da Disney são facilmente diagnosticados no longa, tal como as usuais canções que ilustram o estado de espírito dos personagens. Ao menos houve o bom senso de não dar voz humana aos animais.


Depois de um ano de péssimas recepções com "Carros 2", e seu debute no live-action com "John Carter", a Pixar junta os "cacos" com uma obra digna que, mesmo não estando a mercê de sua máxima capacidade criativa, atraí e emociona seus espectadores. Mas a mística em torno da empresa californiana continua, apesar dos recentes erros, a Pixar ainda vigora pelo plantel de animadores que priorizam o entretenimento decorrente da arte. Um raro estúdio que ainda tem muito a oferecer, e "Valente" prova que apesar da imperfeição, o estúdio anseia por um resultado que possa tocar profundamente seu público. Que venha a continuação de "Monstros S.A.".

NOTA: 8,0

sexta-feira, 13 de julho de 2012

09 atuações inusitadas do mundo do Rock

 1-) Johnny Cash em "A Gunfight" de Lamont Johnson
Depois de sua luta contra as drogas, na década de 60, a inconfundível voz de Cash ecoou pelas telas de cinema ao lado do veterano Kirk Douglas. O faroeste "A Gunfight", no qual interpreta o pistoleiro Abe Cross, foi um fracasso de público e crítica, mas rendeu alguns elogios ao cantor que já tinha colecionado algumas participações em películas e séries de tv. 
CURIOSIDADE- a cena em que Cash diz "You stay the hell away from me, ya hear?", foi exibida no famoso clipe "Hurt".



 2-) Alice Cooper em "Príncipe das Sombras" de John Carpenter
Alice Cooper é conhecido por suas interpretações durante os shows, envolvendo temas de filmes de horror. O cantor possui uma pequena e simbólica filmografia dentro do gênero que mais o inspira. Inclusive fez uma importante participação em um dos filmes mais desconhecidos do aclamado cineasta John Carpenter. Em "Príncipe das Sombras", Cooper lidera um bando de mendigos possuídos pelo demônio.


3-) Bob Dylan em "Pat Garret & Billy the Kid"
Ao lado do ícone country da década de 70, Kris Kristofferson, Bob Dylan esteve no faroeste "Pat Garret & Billy the Kid" de Sam Peckinpah . Além de atuar, o lendário cantor folk contribuiu com a trilha-sonora do filme. 




4-) Iggy Pop em "Dead Man" de Jim Jarmusch
O ícone descamisado do Punk, Iggy Pop, coleciona pequenas participações bizarras em filmes. Esteve em "A Cor do Dinheiro" de Martin Scorsese, do cultuado terror de ficção-científica "Hardware", além de "Cry-Baby" de John Waters e "Tank Girl- Detonando o Futuro". Dentre os peculiares personagens do cantor destaca-se Salvatore "Sally" Jenko de "Dead Man". Na película dirigida por Jim Jarmusch, Pop interpreta um andarilho vestido como mulher que cruza o caminho do protagonista interpretado por Johnny Depp. Seu bizarro e divertido personagem é um dos mais inesquecíveis do aclamado western de Jarmusch.



5-) John Lennon de "Como Ganhei a Guerra" de Richard Lester
Pouco depois da "beatlemania" dominar o mundo, o ego dos integrantes da maior banda da história tinham inflamado. Em 1967, apesar de ainda não terem se separado, John Lennon deu um tempo para "Os Beatles" para participar da comédia "Como Ganhei a Guerra". O filme conta a história de um batalhão britânico durante a Segunda Guerra Mundial, liderado por um tenente (Michael Crawford) que guia seus soldados pela Europa e pelo Norte da África.Talvez o mais icônico do quarteto de Liverpool, John Lennon atuaria em  um de seus únicos filmes solos, depois da consagração de películas como "Os Reis do Iê Iê Iê" e "Help", ambas dirigidas por Richard Lester. O cineasta também foi responsável por essa comédia que, se não é tão marcante quanto as citadas, pelo menos iniciou a independência de Lennon em relação aos Beatles.



6-) Mick Jagger em "Performance" de Donald Cammell e Nicolas Roeg
O aclamado cineasta inglês Nicolas Roeg fazia sua estréia na direção no bom suspense "Performance". Ao lado do diretor Donald Cammell, Roeg trazia Mick Jagger em seu segundo personagem no cinema depois de "Ned Kelly". O vocalista dos "Rolling Stones" interpreta um roqueiro decadente que, abriga em sua mansão, um perigoso gangster foragido. Ao lado de duas moças estonteantes, o criminoso ingressa no mundo das drogas das orgias, apresentadas pelo anfitrião Jagger. Uma bem conceituada obra cinematográfica que abriu portas para o cineasta de "Inverno de Sangue em Veneza", "Walkabout" e "Convenção das Bruxas".




7-) Roger Daltrey em "Tommy" de Ken Russell
A extravagância operística composta pelo guitarrista Pete Townshend, para o álbum "Tommy" do "The Who", foi adaptada para o cinema em 1975. O próprio vocalista da banda, Roger Daltrey, interpreta o protagonista Tommy Walker que, traumatizado ao testemunhar o assassinato de seu pai, torna-se cego, surdo e mudo. Tommy dá volta por cima quando vira um prestigiado campeão de Pinball. Pela perseverança e, retratando-se contra o mundo que o maltratou, Tommy ganha fiéis seguidores até sua decadência moral. A "Ópera Rock" do "The Who", ganhou a direção do cultuado cineasta britânico Ken Russell, que levou Elton John, Eric Clapton, Jack Nicholson, Ann-Margret, Oliver Reed, Tina Turner, além dos demais integrantes da banda, para dar vida ao mundo criado no álbum homônimo de 1969.

8-) Tom Waits em "Down by Law" de Jim Jarmusch
A voz rouca de Tom Waits, que entoa em seus blues, rocks e folks, também pode ser ouvida em uma expressiva filmografia. Dentre participações inesquecíveis em películas como "Short Cuts" de Robert Altman, "O Selvagem da Motocicleta" de Francis Ford Coppola e "Ironweed" de Hector Babenco, Waits se destaca mesmo em "Down By Law" de Jim Jarmusch. O filme que retrata a fuga de três presidiários de uma cadeia no estado americano do Louisiana, e a respectiva odisseia do trio pelos frios pântanos do sul dos EUA. Uma obra indie inesquecível, tendo Waits como um dos fugitivos ao lado de John Lurie e Roberto Benigni. O músico também participou da trilha-sonora do filme.



9-) David Bowie em "A Última Tentação de Cristo" de Martin Scorsese
Talvez Bowie seja o dono das melhores atuações que um roqueiro já levou para o cinema. Seu Andy Warhol em "Basquiat" merecia uma indicação ao Oscar. Seu malvado príncipe Jareth de "Labirinto" povoou a puberdade de muitas garotas na década de 80. E o extraterrestre Thomas Jerome Newton de "O Homem que Caiu na Terra" foi um marco em sua carreira. Contudo a atuação mais inusitada de Bowie foi no polêmico "A Última Tentação de Cristo" de Scorsese. No filme ele interpreta o juiz romano Pôncio Pilatos, responsável pela crucificação de Jesus Cristo de Willem Dafoe. Não é a toa que o nomearam como o "Camaleão do Rock".



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